Cefaleia

Neurologista em Maringá


Cefaleia é um termo médico que se refere à dor de cabeça e representa a principal causa neurológica de procura ao Pronto-socorro, além de ser frequente em consultas devido à queda de qualidade de vida que acarreta. Existem diversos fatores que podem desencadear esse sintoma, como o estresse, a tensão muscular, a falta de sono, a desidratação, doenças psiquiátricas, entre outras condições médicas. Dependendo das características, a cefaleia pode ser classificada em diferentes tipos, como enxaqueca, cefaleia tensional, cefaleia em salvas, neuralgia do trigêmeo, cefaleia crônica diária e secundárias (quando são causadas por outras condições, como tumores, por exemplo). Cada tipo de cefaleia tem suas características e formas de tratamento específicas. É importante lembrar que a dor de cabeça afeta negativamente a qualidade de vida e, em alguns casos, pode ser um sinal de uma condição médica mais séria. Por isso, se você sofre de dores de cabeça frequentes e/ou intensas, é recomendável buscar ajuda de um profissional de saúde capacitado para diagnóstico correto e melhora da produtividade e qualidade de vida.

Enxaqueca

A enxaqueca é uma dor de cabeça recorrente que pode ser pulsátil e afetar um ou ambos os lados da cabeça, sendo de intensidade severa e limitando as atividades do dia-a-dia. Ela pode ser acompanhada por outros sintomas, como náusea, vômitos, sensibilidade à luz (fotofobia), ruídos (fonofobia) e odores (osmofobia). Em alguns casos, também pode apresentar aura, que inclui classicamente sintomas visuais, como pontos luminosos ou perda temporária da visão, mas também podem ocorrer alterações como tontura, dificuldade em falar, entre outros. As enxaquecas podem durar de algumas horas até dias (aproximadamente de 4 a 72 horas) e geralmente são desencadeadas por fatores como estresse, alterações hormonais e sono inadequado. As opções de tratamento são amplas e devem ser individualizadas, sendo prescritas por um médico qualificado, com o objetivo de interromper a dor e prevenir sua recorrência.


Uma curiosidade é que o consumo de chocolate, que muitos acreditam ser um desencadeante, na verdade é uma mudança do paladar que ocorre na fase antes da dor e causa um aumento da vontade de comer doces.

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Cefaleia Tensional

A cefaleia tensional é uma dor de cabeça que pode ser descrita como uma pressão ou aperto bilateral na cabeça, mais comum nas regiões frontal (“frente”) e temporal (“lateral”). Ela é geralmente de intensidade leve a moderada, o paciente continua fazendo suas atividades e não é acompanhada por outros sintomas, como náusea ou sensibilidade à luz. A dor pode ser constante ou intermitente, durando de 30 minutos a até 7 dias em casos extremos. Muitas vezes, é desencadeada por tensão muscular, estresse e ansiedade. Por isso, comumente se revela naquela dor de cabeça que incomoda no fim do dia de trabalho.

Cefaleia em Salvas

A cefaleia tensional é uma dor de cabeça que pode ser descrita como uma pressão ou aperto bilateral na cabeça, mais comum nas regiões frontal ("frente") e temporal ("lateral"). Geralmente, a intensidade da dor é leve a moderada, permitindo que o paciente continue realizando suas atividades normalmente. Ao contrário de outras formas de cefaleia, a cefaleia tensional não é acompanhada por outros sintomas, como náusea ou sensibilidade à luz. A dor pode ser constante ou intermitente, com duração que varia de 30 minutos a até 7 dias. Frequentemente, ela é desencadeada por tensão muscular, estresse e ansiedade, sendo comum ocorrer no final do dia de trabalho, por exemplo.

Neuralgia do Trigêmeo

A neuralgia (ou nevralgia) do trigêmeo é uma dor facial intensa que afeta o nervo trigêmeo, responsável pela sensibilidade da face. A dor é descrita como uma sensação de choque elétrico, aguda e lancinante, geralmente em um lado da face. Ela pode ser desencadeada por atividades cotidianas, como falar, mastigar ou escovar os dentes, e suas causas são variáveis, desde uma compressão do nervo por um vaso sanguíneo, tumores ou até relacionado com procedimentos ou outras condições neurológicas. O tratamento varia de medicamentos analgésicos, anticonvulsivantes e opções cirúrgicas em casos graves.

Cefaleia crônica diária

A cefaleia crônica diária é uma dor de cabeça frequente e constante que pode durar mais de 15 dias por mês, durante pelo menos três meses consecutivos. A dor pode ser leve a grave e pode afetar ambos os lados da cabeça. Ela é causada por uma variedade de fatores, como enxaqueca que não foi tratada adequadamente, o uso excessivo de analgésicos, estresse, ansiedade, depressão e outras condições. A identificação da causa base que originou a dor é o pilar fundamental e, uma vez identificada, o tratamento pode ser baseado na suspensão gradual de analgésicos, medicamentos preventivos, terapia comportamental, mudanças no estilo de vida, entre outros.

Conheça outros tratamentos para cefaleia

Toxina Botulínica

A toxina botulínica é uma opção de tratamento para certos tipos de cefaleia crônica, sendo mais comumente utilizada para cefaleia crônica diária e enxaqueca crônica. Ela é injetada em pontos específicos da cabeça onde será absorvida e promove uma dessensibilização do sistema nervoso central à dor e, consequentemente, diminui a frequência e a intensidade das dores de cabeça. É importante ressaltar que a toxina botulínica não é uma opção de tratamento para todos os tipos de cefaleia e só deve ser realizada por um profissional treinado devido à dose relativamente alta utilizada se comparada com os procedimentos estéticos. Como curiosidade, utilizamos em média 155 unidades da toxina, uma dose consideravelmente maior do que a utilizada para cunho estético, que pode ser em torno de 20-50 unidades.


Bloqueio Anestésico

O bloqueio anestésico é uma opção de tratamento para algumas formas de cefaleia, como a enxaqueca, cefaleia em salvas, neuralgia do trigêmeo e crônica diária, podendo ser utilizado como uma opção de tratamento isolado ou em conjunto com outras terapias, servindo inclusive como ponte para a redução do uso excessivo de analgésicos. Ele consiste na aplicação de anestésico local em pontos específicos da cabeça ou do pescoço para bloquear a dor. O efeito da anestesia pode durar por até 14 dias, proporcionando alívio para os pacientes e interrompendo o ciclo da dor, deste modo em vários casos resolve completamente a cefaleia.

Sobre o Médico

Dr. Gabriel Bortoli


Médico Neurologista | CRM-PR: 41011 | RQE 32992


Sou o Dr. Gabriel Bortoli, médico neurologista apaixonado pela minha profissão. Minha jornada acadêmica começou na Universidade Estadual de Maringá, onde me formei em Medicina.


Após concluir a graduação, busquei aprimorar meus conhecimentos e habilidades na área de Neurologia. Realizei minha Residência de Neurologia no renomado Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, local em que tive a oportunidade de aprender com os melhores profissionais da área.


Concluída a residência, recebi o convite dos professores de Neurologia da USP para ser Preceptor da residência de Neurologia, cargo que exerço atualmente, o que me permite compartilhar, de forma detalhada e precisa, minha paixão e conhecimento com os residentes em formação. Para mim, ensinar é uma oportunidade de contribuir para a formação de novos profissionais e disseminar o amor pela neurociência.


Meu interesse pela neurociência começou antes mesmo da graduação. Durante o período escolar, desenvolvi interesse por artigos e revistas de neurociência. Contudo, no terceiro ano do ensino médio, percebi que esse hobby poderia ser minha profissão. Foi quando decidi estudar medicina, o que combinou minha paixão pela área com a possibilidade de ajudar pessoas.


Com minha dedicação e amor pela profissão, sou um profissional comprometido em proporcionar um atendimento cuidadoso e preciso aos meus pacientes, aliando o que há de mais moderno e eficaz em minha área. Minha sólida formação, juntamente da paixão pela neurologia, permite que eu ofereça o melhor atendimento possível ao paciente, tomando o tempo que for necessário numa consulta para compreender suas necessidades e fornecer um tratamento de excelência.

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Dúvidas Frequentes

Conheça as respostas para as dúvidas mais frequentes em consultório

  • Chocolate desencadeia a enxaqueca?

    Nos últimos anos, esse conceito mudou bastante. O que se sabe hoje é que existe uma fase da enxaqueca que vem antes da dor e pode preceder em até 3 dias, chamada pródromo. Nessa fase, ocorre uma alteração da sensação do paladar por estímulo na região do hipotálamo, promovendo um "craving" alimentar, que é o nome que damos para fissuras por tipos alimentares específicos que geralmente são doces. Por isso, os pacientes com enxaqueca associavam muito ter comido o chocolate e depois ter dor, mas a realidade é que só teve aumento da vontade de comer doces porque teve dor.

  • Existem tipos de comida específica que podem desencadear dor de cabeça?

    Sim, o uso de bebidas alcoólicas é classicamente associado, além de alimentos com lactose em pacientes com intolerância e glúten em pacientes com doença celíaca. Outros incluem estresse, falta de sono, alterações hormonais (como na enxaqueca menstrual), desidratação, abstinência de cafeína ou seu uso em excesso, mudanças bruscas no ambiente (como luz intensa ou ruídos altos), cheiros fortes, esforço físico intenso, postura inadequada, entre outros. É importante observar os padrões pessoais de dor de cabeça e identificar possíveis gatilhos individuais, a fim de evitar ou minimizar sua ocorrência. Cada pessoa pode ter diferentes fatores desencadeantes, e um diário de dor de cabeça pode ser útil para rastrear e identificar esses padrões.

  • Quando devo procurar um médico para avaliar minha cefaleia?

    O profissional ideal para avaliar sua dor é o neurologista, e toda dor de cabeça por uma causa grave já começou como uma dor que foi ignorada pelos pacientes ou até por outro médico.


    É fundamental buscar ajuda médica imediata se a dor de cabeça for súbita, muito intensa ou vier acompanhada de outros sinais de alarme, como febre, perda de força, dor para flexionar o pescoço, entre outros. Pacientes imunossuprimidos ou com história de câncer também devem sempre procurar atendimento médico quando sentirem dor.

  • Posso tomar analgésicos como dipirona, paracetamol ou outros sempre que sentir dor?

    Esse é um hábito muito comum e muito perigoso. Mesmo medicações simples e vendidas sem receita médica para dor, quando em excesso, podem gerar a cefaleia por uso excessivo de analgésicos. Essa condição tem um tratamento mais longo e de maior complexidade em comparação com a enxaqueca e cefaleia tensional. Exemplos de medicações que configuram uso excessivo de analgésicos:

    • Dipirona: 15 ou mais comprimidos por mês
    • Analgésicos combinados (Ex: Dipirona + cafeína): 10 ou mais comprimidos por mês
    • Triptanos: 10 ou mais comprimidos por mês
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